1. Histórico
Em 1994, alguns empresários iniciaram um trabalho social de apoio à população do Jardim Pantanal, após constatarem uma ocupação em condições de habitabilidade muito precárias e em APA – Área de Proteção Ambiental. A sensibilidade social desses empresários resultou na criação de um espaço físico e cultural que ficou conhecido como Espaço Cultural Pantanal. A idéia inicial era a de que este espaço fosse gerido pela própria comunidade e congregasse as pessoas em torno de atividades recreativas, culturais e educacionais e de organização desses moradores para buscarem a resolução de seus próprios problemas. O Espaço Cultural Pantanal teve uma importância grande na conquista de alguns bens sociais básicos e no início de um pólo de acesso da população a bens culturais e apoio em questões cotidianas. Ele se tornou também um local de encontro e sociabilização. Estes empresários ampliaram tanto as atividades e os espaços físicos que houve a necessidade de profissionalização. Além disso, ficaram mais claras as carências da comunidade como, por exemplo, o atendimento a crianças. E a inauguração do Centro de Educação Infantil, o CEI, gerou, em 2003, uma maior formalização do trabalho com a transformação do Espaço Cultural Pantanal em Instituto Alana, uma organização não-governamental sem fins lucrativos.O Instituto Alana, em busca do atendimento de diversas demandas da população, acabou por investir em projetos para todas as faixas etárias. Tomava forma, então, o Projeto Espaço Alana, tendo como principais financiadores os associados do Instituto Alana e os convênios e parcerias para o desenvolvimento de projetos específicos. O Instituto é uma organização sem fins lucrativos criada em 1994 que tem como missão fomentar e promover à assistência social, a educação, a cultura, a proteção e o amparo da população em geral, visando à valorização do homem e a melhoria da sua qualidade de vida, conscientizando-o para que atue em favor de seu desenvolvimento, do desenvolvimento de sua família e da comunidade em geral, sem distinção de raça, cor, posicionamento político partidário ou credo religioso.É também incumbência do Instituto desenvolver atividades em prol da defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes relacionadas a relações de consumo em geral, bem como ao excessivo consumismo ao qual são expostos.Fruto de uma iniciativa social das pessoas físicas, ele conta com estrutura e gestão profissionalizadas e tem dois projetos principais para realizar a missão a que se propõe: o Espaço Alana e o Criança e Consumo.O Instituto Alana não tem a intenção de ocupar as lacunas deixadas pelo Estado no atendimento a comunidades carentes. Tanto que está entre seus objetivos o auxílio às comunidades onde atua para que se organizem pela reivindicação dos serviços e assistências a que têm direito para o exercício da plena cidadania. Ao mesmo tempo, oferece, por meio de ações do Espaço Alana, atividades que complementam e se somam às ações públicas nas áreas de educação, cultura e saúde.Da mesma maneira, o Instituto não visa acabar com as práticas comerciais. No entanto, persegue mudanças de paradigmas na sociedade, propondo alterações nas relações de consumo, fortalecendo valores humanísticos hoje tão menosprezados. A partir da Criança e Consumo introduz discussões sobre cidadania, participação social e qualidade de vida, levando informação crítica aos pais e educadores, instruindo-os sobre os malefícios do exagerado consumismo infanto-juvenil.
2- Diretoria
Presidente: Ana Lucia de Mattos Barretto Villela Vice-Presidente: AlfredoEgydio Arruda Villela FilhoVice-Presidente: Marcos Bessa Nistiesoureiro: Daniel Vieira da Costa
3.Conselho Consultivo
A principal tarefa do Conselho Consultivo é opinar sobre a missão, visão e diretrizes do Instituto, propondo novas ações para a equipe. Com isso, o Conselho auxilia o Instituto a seguir uma linha mestra para suas atividades de acordo com o disposto em seu Estatuto Social. Integram este grupo:
Carlos Alberto Libânio Christo (Frei Betto)Claudia Leme Ferreira Davis
Maria Lúcia Zoega de SouzaConselho Fiscal
O Conselho Fiscal tem como atribuições acompanhar, examinar e fiscalizar as operações financeiras e patrimoniais do Instituto. São conselheiros fiscais do Instituto:
Alberto Dias de Mattos Barretto
Cláudio Lins Ventura
Eduardo Marchetti Rios
Henri Penchas
4.Público alvo
crianças, Adolescentes e Comunidade
5.Números de atendimentos: núcleos de trabalho
CEI - Centro de Educação Infantil
Sua proposta de trabalho é promover a construção e a ampliação de conhecimentos e de linguagens e a formação de valores, dentro de uma rotina de trabalho dinâmica, buscando atender as necessidades de atenção e cuidados de cada faixa etária. O CEI atende 240 crianças de 0 a 3 anos e 11 meses, de segunda a sexta-feira, entre 7h e 17h.
NURECA - Núcleo de Recreação e Cultura
O NURECA atende 320 crianças e adolescentes de 6 a 15 anos, no contra-período da escola. Algumas das atividades realizadas pelo núcleo são as oficinas de esporte, dança popular e contemporânea; o estudo de música; o desenvolvimento da língua; aulas de informática e as oficinas de jogos e brincadeiras.
NIP - Núcleo de Iniciação Profissional
O NIP trabalha com cerca de 700 jovens, com idades entre 16 e 21 anos. Informática com certificação Microsoft, Programa de Educação para o Trabalho do SENAC, Oficinas de Comunicação e Inglês são alguns dos cursos oferecidos pelo Núcleo, que também atende a adultos por meio da realização de cursos como Zeladoria, Serviços Domésticos e Informática.
NAS - Núcleo de Ação Social
O Núcleo de Ação Social atua em cinco eixos de trabalho: Serviço Social, Biblioteca, Atendimento ao Idoso, Articulação Comunitária e Saúde. Como resposta a condição de alta vulnerabilidade social que se encontra o Jd. Pantanal, o Núcleo de Ação Social busca otimizar seus recursos técnicos e administrativos, dando melhor aproveitamento à sua capacidade de trabalho de forma a tornar o Núcleo e a Instituição, em geral, capazes de suportar o desafio de desenvolver ações com maior abrangência e efetividade.
6.Centro de Formação Alana
O despreparo da maioria dos educadores chama a atenção dentre as causas que definem o quadro triste da educação e da cultura no Jardim Pantanal e região. Foi, principalmente, por este motivo, que o Projeto Espaço Alana criou o Centro de Formação, que tem como um de seus objetivos contribuir para a elevação da qualidade da educação em nosso entorno, construindo um outro padrão educacional.
7.Dificuldades
A comunidade possui os piores índices da cidade de São Paulo em todos os itens que avaliam qualidade de vida e acesso à cidadania, o que significa que estas 25 mil pessoas não tem acesso a saneamento básico, posto de saúde, delegacia, sinalização de trânsito, asfalto, escola básica de qualidade e espaços de lazer. As moradias, em geral, são precárias e as mais próximas do cotovelo do Rio Tietê são construídas sobre entulhos que aterram, irregularmente, o rio, sofrendo enchentes e sob péssimas condições de habitabilidade e salubridade. A comunidade também tem um alto índice de desemprego, maior que o da média da cidade, fruto da baixíssima qualificação escolar e profissional dos moradores; violências de todo tipo; presença do crime organizado; muitas mulheres sozinhas como chefes de famílias numerosas; gravidez na adolescência; alcoolismo; muitos problemas de saúde física e mental, em especial entre as crianças; depressão e abandono.
8. Pontos fortes
Desenvolver projetos sócio educativos de qualidade, formando, educando, conscientizando e fazendo uma mediação cultural que empodere a comunidade, para que esta possa buscar, autonomamente, as soluções para seus problemas coletivos e individuais. Realizar ações que busquem estimular as políticas públicas para atender à comunidade com serviços de qualidade, assim como o estímulo para que a população cobre serviços públicos de qualidade.
A instituição tem como objetivo o desenvolvimento do pensamento crítico que dê acesso a reflexões sobre direitos e deveres, e sobre as ações que, individualmente e coletivamente, levem a seu exercício concreto.
9.Princípios e valores
O Instituto Alana não tem a intenção de ocupar as lacunas deixadas pelo Estado no atendimento a comunidades carentes. Sua atuação se dá por meio de núcleos focados em grupos específicos da comunidade, aos quais propicia educação e projetos sociais, com ênfase no contato com as mais diversas manifestações culturais como a popular, por meio da literatura, música, dança capoeira, cinema e teatro. A intenção é enriquecer a experiência de vida de seus freqüentadores e abrir novos horizontes culturais e sociais, favorecendo a formação de uma consciência crítica. Seus princípios de ação que visam estimular os membros da comunidade para que se tornem agentes de sua própria transformação, encontram eco na própria estrutura organizacional do Espaço Alana, que prioriza a contratação de profissionais oriundos da comunidade, envolvendo-os de modo a que se sintam protagonistas do trabalho desenvolvido. Como reflexo imediato, além da geração de empregos, há um despertar de empatia junto à comunidade. Individual e coletivamente, todos passam a compreender melhor os mecanismos de participação social e sentem-se valorizados e aptos a se unir e se organizar para a conquista de benefícios coletivos.
Bibliografia
www.alana.org.br
Endereço da Instituição:
• Rua Erva do Sereno, Jardim Pantanal, 548, São Paulo/SP - 08180 010
• (011) 25857646
• guaciara@alana.org.br
• Rua Borboleta Amarela, Jardim Pantanal, 481, São Paulo/SP - 08081 70
• (011) 25864559